Me chame pelo seu nome, de André Aciman. Cheguei a esta obra a partir dos inúmeros comentários sobre o filme. Sim, este livro foi roteirizado e filmado, sendo um dos grandes indicados ao Oscar 2018. Contudo, não assisti ao filme e nem comprei o livro, num primeiro momento. Durante uma viagem Canadá/Brasil, vi que o filme havia sido disponibilizado no voo. Fiquei curioso, mas preferi não assistir. No Brasil, acabei não comprando o livro e retornei ao Canadá, onde encontrei a obra em Inglês e Francês. Li a versão em Francês, para treinar o idioma e ao mesmo tempo conhecer o texto.
Depois de toda a espera, entendi porque tamanho vulto dado à obra.
Primeiramente o livro toca num tema polêmico: o amor entre pessoas do mesmo sexo. Infelizmente em muitos lugares do mundo este tema é tabu, fruto de sociedades arcaicas, dominadas pela religião, o que acaba por gerar preconceito e todos os dilemas que, cotidianamente invadem os noticiários.
Minhas impressões: leitura leve, rápida e agradável. O texto é simples e a mensagem é direta. É um livro que fala sobre o amor, das dificuldades e dos mistérios de vivê-lo. O autor conduz bem os capítulos e instiga o leitor a querer saber mais sobre os personagens nos capítulos seguintes. E, pouco a pouco, somos hipnotizados pela história e começamos a desenhar os finais possíveis. A temática é atualíssima, e necessária, diga-se de passagem. Sem querer levantar bandeiras, ou fazer apologias, sou adepto da liberdade. E é essa liberdade que deve guiar nossas condutas. Que saibamos respeitar o próximo e suas decisões, assim como desejamos que nossas decisões sejam respeitadas. Ao meu ver é simples. Mas há quem complique!
No mais, Me chame pelo seu nome é poético, repleto de imagens, de metáforas que dão à obra o contorno definitivo, terno e sensível. É uma obra que emociona. E se emociona, é uma boa obra!
Vale a pena a leitura!
A vocês, meus abraços,
Wagner Dias
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