sexta-feira, 1 de maio de 2015

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER

Encerrei ontem a leitura de A Insustentável Leveza do ser, de Milan Kundera. Devido à correria da vida, precisei começar e recomeçar a leitura desta obra três vezes. Eu não conseguia me concentrar! Conseguida a proeza de entrar na obra, de estabelecer um contato íntimo com a mesma, a leitura fluiu docemente. Com absoluta certeza, este livro é um dos meus clássicos pessoais. Ficou e ficará marcado na alma. Eu diria que se trata de um soco no estômago no sentido de que, muitas das vezes, complicamos as coisas da vida, tornando pesadas as passagens leves e vice-versa! O livro, que se apoia em fatos históricos, tem uma estrutura narrativa genial! Não é uma leitura linear, faz idas e vindas do passado ao futuro, deste ao passado, com a narração de um observador atento e ciente de todos os elementos da vida dos personagens. Eu me enxerguei em muitas frases, parágrafos e passagens do livro. Não poderia ser diferente. Ele fala de vida! Mas as últimas partes da obra me tocaram profundamente, levando-me às lágrimas. É lindo! Surpreendente, desafiador! Para quem não tem muita experiência de leitura e deseja conhecer este livro, sugiro que não pare a leitura nos obstáculos que ela possa parecer oferecer. Siga em frente e deixe que as palavras os toquem. Elas farão isso! Fatalmente! Espero reler daqui a algum tempo e ver em que medida minhas visões se alteraram e de que modo serei tocado pelas palavras bem colocadas e sabiamente organizadas por Kundera neste manancial de possibilidades e interpretações que se chama A Insustentável Leveza do Ser!
A todos, meus abraços.
Wagner.

Nenhum comentário:

Postar um comentário