
Contudo, como leio de tudo e gosto de saber o que anda acontecendo no universo dos meus alunos, estou sempre visitando e revisitando as preciosidades que compõem a formidável gama de bons textos para nossos pequenos e nossos jovens. Terei 80 anos e continuarei a me deliciar com essa literatura que me é tão especial!
Amei o livro! Formidável. Linguagem simples, leitura rápida e fluida. É impossível não se envolver com a história do personagem principal. O passar das páginas nos coloca em diálogo vivo com a forma de vida de Auggie, que é extraordinária. O texto nos permite sorrir, chorar (chorei bastante) e pensar acerca das formas que podemos utilizar para cativar.
Há pequenos milagres cotidianos e Auggie, nosso querido personagem central, nos possibilita um reencontro com nossa mais sublime intimidade.
Sempre digo que a boa literatura não é aquela que mais se parece com um quebra-cabeças, que tem uma lógica escondida, que tem um vocabulário apurado... enfim.... clichés de críticos. Como não tenho pretensão nenhuma de ser crítico literário, tento viver cada frase lida na expectativa de sentir algo. Boa literatura, para mim, é aquela que me comove. Não só aquela que me traz a emoção das lágrimas, mas o riso, a dor, o nojo... isso é, sim, um bom livro.
Extraordinário é um desses livros que comovem, que mexem com nossas mais profundas emoções e que nos permitem repensar nosso lugar no mundo. E pensar nosso lugar no mundo significa agradecer pelas coisas boas, significa também aprender a lidar com aquilo que não é tão bom, compreendendo que a vida é passageira e devemos, aqui, neste plano terreno, tentar uma relação harmônica e carinhosa, dedicada e leal com os que conosco convivem.
O tema central do livro (diversidade) não poderia ser mais atual! Mas não se preocupem: o livro não é didático, nem obriga o leitor a aprender nada. É uma narrativa de vida. Só isso. Simples. E essa simplicidade cativa! Muito!
Uma leitura que vale a pena!
A todos, meus abraços,
Wagner Dias
Nenhum comentário:
Postar um comentário