domingo, 15 de março de 2020

LEITURA: O PRIMEIRO CONTATO COM O LIVRO

Leitura: o primeiro contato com o livro e a influência dos professores da educação infantil e dos anos iniciais de escolarização.



Aqui está o segundo episódio da série Leitura. Como expliquei no primeiro episódio, meus vídeos dessa série têm como objetivo dividir minhas experiências com a literatura, desde meus tempos de estudante, passando pelas marcas da docência e chegando ao meu universo de pesquisador e escritor. 

Não quero com isso parecer prepotente, dizendo que minhas práticas são fenomenais. Não! Muitos dos que agora me leem ou assistem podem ter exemplos muito mais significativos. Contudo, precisamos compartilhar! 

Não esperem uma edição perfeita! Vou cometer falhas relacionadas à oralidade, pois falo de improviso! Espero que vocês façam comentários e que nós possamos intensificar nossos contatos!

Recebam meus abraços,
Wagner Dias.

DAVID COPPERFIELD

David Copperfield, de Charles Dickens. Muitos dos livros citados em aulas durante minha graduação em Letras (isso já faz algum tempo) entraram na minha lista de leituras desejadas. Com o passar do tempo, obras contemporâneas, leituras destinadas às minhas pesquisas e ao trabalho, além dos clássicos fazem parte do meu cotidiano. David Copperfield é um desses clássicos que durante algum tempo ficaram na minha lista de desejos. Consegui, no fim de 2019, concluir essa leitura, mas só agora estou atualizando o blog. 

Então, o que dizer dessa obra? De antemão, podemos compreender a denominação da obra como clássica. De fato, é uma obra que vem atravessando o tempo e deixando suas marcas. E graças aos seus admiradores, ganha essa conotação. O livro se perpetua porque continua emocionando os aventureiros que buscam nas linhas de Dickens algo com o qual se identifiquem. 

Eu diria que sensibilidade define a obra. Personagens, muitíssimo bem construídos, envolvem-nos na atmosfera construída provocando nossas memórias afetivas e despertando nossos mais loucos sentimentos. Os primeiros capítulos, que narram a infância de Copperfield, o personagem principal,  são repletos de pura emoção. Comovemo-nos com os dramas do menino que são recortados por lembranças, sonhos e desejos. No decorrer da trama, vamos percebendo como o homem se transforma e como as marcas do passado definem uma personalidade. 

É uma leitura que exige paciência. No entanto, para se chegar ao paraíso, às vezes precisamos enfrentar agruras. Que agruras? Explico: não é uma leitura fácil e exige paciência para se acompanhar seu ritmo. Falamos de uma obra escrita em uma época em que os leitores se dedicavam à leitura sem as perturbações do mundo contemporâneo. Falamos de um estilo detalhista, intenso, profundo, que demanda vontade e dedicação. 

Para os que concluem a leitura, o resultado é fascinante. Após fechar a última página, passamos ainda algum tempo refletindo sobre os dias em que o livro nos fez companhia e em quantas coisas pensamos sobre a história narrada e sobre nossa própria vida. 

Não falo de minúcias da narrativa para não estragar a surpresa da leitura. Meu diário de bordo mostra, ou ao menos tenta mostrar, minhas sensações a partir das obras que leio e que, pouco a pouco, passam a fazer da minha história. 

Recomendadíssimo!
Meus abraços, 
Wagner Dias

sábado, 14 de março de 2020

VOZES ANOITECIDAS


Vozes Anoitecidas, do escritor moçambicano Mia Couto.



Ando atrasado com as atualizações de leituras feitas. São muitas frentes de atuação e preciso me organizar para não deixar de dar atenção a todas essas vertentes de discussão sobre a leitura.

Bem... hoje falo das minhas impressões sobre a obra Vozes Anoitecidas. Trata-se de um livro de contos (coletânea de 12 contos) e, ao que parece,  a primeira publicação do autor em prosa.  Trata-se de uma obra repleta de elementos poéticos e que guarda características profundas de Moçambique, onde os contos parecem se situar.

É preciso se deixar levar pela pureza comunicativa do autor que costura cultura, fantasia, musicalidade. Talvez por ser o escritor também um poeta, seu texto é sensível e permite ver o mundo com lentes diversas.

Sente-se fortemente a presença da influência de Guimarães Rosa na obra de Couto. Há neologismos, repletos de sentidos, que traduzem ideias que dificilmente seriam tratadas com as palavras registradas em dicionários.

O cotidiano, o sonho, o mágico, o transcendente estão fortemente marcados nos contos. Vozes diversas, homens, mulheres e suas histórias, desejos, vivências compõem  os temas abordados. 

Espere finais que fogem dos clichês. Mia Couto nos surpreende com os desfechos dados aos contos e, em muitos deles, precisamos refletir e criar nosso próprio entendimento.

Sem dúvida, trata-se de um excelente livro que merece ser lido e degustado. Degustado devagar! Não é à toa que Mia Couto é tão reverenciado no Brasil. De certo modo, seus textos nos aproximam. Não apenas por serem escritos em língua portuguesa, mas porque experienciamos dramas também semelhantes em termos de colonização e miscigenação.

Recomendo!

A vocês, meus abraços!
Wagner Dias

domingo, 8 de março de 2020

LEITURA: HISTÓRIAS ORAIS FAMILIARES E A DESCOBERTA DO MUNDO (Episódio 1)

LEITURA: HISTÓRIAS ORAIS FAMILIARES E A DESCOBERTA DO MUNDO  (Episódio 1)


Olá!

Esta postagem inaugura um novo momento no blog. Semanalmente, serão compartilhados, aqui, no Facebook e no Instagram, vídeos da série Leitura. Trata-se de  9 episódios destinados a professores, pais, e a todos e a todas que se interessam pelos processos de inserção da criança ao universo literário. A ideia é, a partir de relatos de minhas experiências enquanto leitor, pesquisador, professor, escritor, criarmos um espaço de diálogo e de troca de ideias. 




Os comentários enriquecerão essa troca. Para quem quiser acompanhar, sem perder nenhum episódio, sugiro que me sigam no canal do youtube (clicando no vídeo desta postagem você encontra o Canal). Lá os videos estarão melhor organizados, uma vez que aqui irei intercalar outros elementos. 


O Instagram também é um bom canal para nos comunicarmos!
@wagnertedi

Espero que gostem e que muitas ideias de troca, de leitura, de escrita e de afetos venham à tona nessa nova empreitada!
A vocês, meus abraços!
Wagner Dias.