
Christina Baker Kline tem uma escrita fina e sabe como enredar os assuntos, épocas e personagens. O livro que conta a história de Molly (2011) e Vivian (década de 1930 a 2011) permite ao leitor montar as peças de um belíssimo quebra-cabeças.
O mote é genial. O texto é doce, leve e sensível. A leitura é fluida e instigante. O mais marcante, talvez, seja a concepção de destino abordada pela autora. Como num livro, como em seu próprio livro, as coisas da vida se enredam magicamente.
Dor, amor, solidão, resiliência, resignação, força são algumas das palavras que poderiam definir esta obra. Recomendo o livro para quem gosta de boas histórias e pretende, a partir delas, repensar a sua própria construção histórica.
O futuro neste livro, é uma incógnita. Talvez de modo proposital. Passamos a vida pensando em futuro e, de repente, quando lemos histórias de quem mal consegue viver o presente, sem vislumbrar um dia a mais, conseguimos dar conta de que viver bem o presente pode ser uma boa alternativa para uma vida harmoniosa. Ainda que esta harmonia seja consigo mesmo.
O trem dos órfãos é sensibilidade do início ao fim!
Lindo livro!
A todos, meus abraços.
Wagner Dias.
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