domingo, 27 de setembro de 2015

ONDE NASCEM OS VENTOS

Onde nascem os ventos, de Brian Payton. Bom, como começar a falar deste livro? (...) Costumo ser bastante sincero em minhas observações. Costumo ler rápido e nunca abandono um livro pela metade. Fiz o mesmo com este! Li até o final! Quando o adquiri, o fiz pelo tema da II Guerra Mundial, que me fascina! O início é muito interessante e prendeu minha atenção. Acho que a história poderia ser a do personagem principal e seu amigo soldado. 

Não quero dar muitos detalhes para não incomodar aqueles que queiram ler. Mas acho que o autor peca pela falta ao desenvolver de modo muito superficial a relação dos personagens principais, o que acaba deixando no ar a dúvida: valeria a pena tantos sacrifícios por um tipo de amor que não nos foi narrado tão pulsante? 

Fiz um certo esforço para terminar a leitura, acreditando que o final me surpreenderia. Não surpreendeu! Achei que com a passagem dos capítulos a leitura fosse me fisgar. Não fisgou. Mas, sejamos justos, há passagens muito bem escritas, com cenas muito fortes e que nos tocam. Mas o enredo em si deixa a desejar.

Acho até que a história é boa, mas a forma com que foi narrada acaba por depreciá-la. Não sei se o fato de ter lido uma tradução tenha me provocado essa sensação não muito agradável. Contudo, ler é isso: deparar-se com coisas boas, coisas maravilhosas, com coisas nem tão maravilhosas assim...

Porém, para quem trabalha com jovens, com leitura, ter contato com um pouco de tudo vale a pena. Vou ainda tentar buscar outras obras do autor e ver se seguem a mesma linha, numa tentativa de reverter meu conceito sobre seu estilo de escrita! 

No mais, deixo aqui meus abraços!
Wagner Dias

O PEQUENO PRÍNCIPE

Com a onda do novo filme que teve estreia no início do segundo semestre de 2015, fiz minha quarta leitura de O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry. Não escondo de ninguém meu fascínio por esta obra que guarda tantas conotações. 

Muitos insistem em destinar esta leitura ao público feminino, ou classificá-la como livro de miss. No entanto, isso não é suficiente para que essa obra-prima da literatura se perpetue. E ela vai seguindo sua eternização literária com o passar das décadas, já podendo, na minha modesta concepção de leitor, ser considerada um dos grandes clássicos da humanidade. O livro não é só para as meninas, muito menos é um livro de miss. 

A narrativa é repleta de reflexões que colocam à prova o que são as relações do homem consigo mesmo e com o mundo, as vaidades, as responsabilidades, o amor, a amizade... E esses são temas que nunca deixarão de existir na literatura. Contudo, o que faz com que esta obra seja tão peculiar? Talvez a pureza com que as palavras são utilizadas. Talvez a simplicidade do olhar sobre o mundo. A simplicidade é rica! Sempre gostei das coisas simples, da forma simples de comunicação, forma esta que cumpre sua missão: comunicar! 

Sempre que releio este livro, algo novo é descoberto e a minha própria vida é redesenhada. As palavras do Principezinho motivam a desenhar cobras que engolem elefantes ou carneiros dentro de caixas. Como sempre digo: olhares das possibilidades! Para quem nunca leu, fica a dica: leia! Não dá para passar por este mundo sem ter contato com esta obra. Para quem já leu, releia! Há muito a ser revisitado.

Há hoje no mercado uma infinidade de edições que vão desde as mais simples e de baixo custo às mais ricas e caras. Tenho algumas edições. Mas, não importando qual seja, permita-se sentir. Permita-se experimentar! Confesso que não sei se "somos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos" (acho um peso grande, uma responsabilidade grande demais, embora em tese seja maravilhoso. Porém, tenho a convicção da importância de cativar e de zelar pelos que amamos!
Meus abraços,
Wagner Dias.