Ponto de encontro entre o autor Wagner Dias e leitores. Espaço de trocas, de dicas, de emoções à flor da pele!
sábado, 20 de dezembro de 2014
CEM ANOS DE SOLIDÃO
Qualquer elogio a esta obra será pequeno diante de sua magnitude! Essa é a sensação após vencer as 447 páginas de Cem anos de solidão, do premiado Gabriel García Márquez. A longa saga da família Buendía, escrita brilhantemente, é capaz de levar o leitor do sorriso às lágrimas, do prazer ao medo, da felicidade à angústia. A obra mexe com sua imaginação, suas sensações. Metáforas bem construídas, sarcasmos, ironia, mistério e uma mistura temporal que transformam presente, passado e futuro em um único bloco de realidade mágica são características marcantes desta narrativa. É preciso paciência para vencer as primeiras páginas do livro sem se perder na infinitude de nomes. No entanto, sugiro calma, um papel e um lápis ao lado, para que sua viagem seja facilitada. Esteja disposto a não contestar fatos fantásticos! Encante-se com borboletas amarelas, com rabos de porcos, com mulheres incríveis tecendo mortalhas ou fingindo enxergar diante da inevitável cegueira! Permita-se sentir o perfume de begônias ou de mulheres com odor de fumaça! Permita-se perder em mensagens de pergaminhos ou na leitura de cartas que podem antecipar o futuro, rememorar o passado e tornar vivo o presente. Cem anos de solidão não é uma história para ser lida e deixada na estante. Deve ser revisitada, uma vez que é repleta de detalhes que uma única leitura poderão deixar passar sem que a devida importância lhes seja dada. Cem anos de solidão é um daqueles livros que colocam nossos pés no chão e nos fazem pensar em nossa vida, no tempo, no que fazemos com nosso tempo, com nossos sonhos, com nossas fantasias, com nossos desejos. A obra, confesso, não é de leitura fácil e fluida e apresenta momentos maçantes, mas necessários ao conjunto do texto. Os parágrafos finais são reveladores e muitas das frases do decorrer do livro devem ser anotadas e repensadas cotidianamente. É possível ouvir as músicas, sentir os odores, sabores presentes na narrativa. Fatalmente este livro é um clássico para mim, não por ser aclamado pela crítica, mas por me fazer sentir. Esta busca por sensações é o que me constitui como leitor. Um livro que não me toca, não consigo considerar um bom livro! Dica: experimente, tente, não desista e vença o desafio de começar e terminar esta leitura. Você vai compreender o que é ser transformado, humanizado pelas palavras!
"Qualquer elogio a esta obra será pequeno diante de sua magnitude!" Concordo, Wagner Dias. Não é uma leitura fácil. Mas, vai nos envolvendo de tal maneira... algumas vezes temos que recomeçar para coordenar as idéias. Já li duas vezes e acho que preciso ler de novo! Lúcia Vasconcelos
"Qualquer elogio a esta obra será pequeno diante de sua magnitude!" Concordo, Wagner Dias. Não é uma leitura fácil. Mas, vai nos envolvendo de tal maneira... algumas vezes temos que recomeçar para coordenar as idéias. Já li duas vezes e acho que preciso ler de novo! Lúcia Vasconcelos
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