
SAUDADE IMACULADA
Resistiu ao sol, ao vento...
Entre cantos e lamentos,
Eternizou-se no galho:
Virgem!
Bravura singela,
Delicada vida...
Saudade imaculada de tempos de luz.
Dorme agora,
À espera do renascer,
Sob o véu gélido do tempo.
Dorme agora,
Silenciosa, inerte...
A leve noiva perfumada,
No altar da vida abandonada,
Sozinha e resignada,
De mais um ciclo se despede.
(Wagner Dias)