domingo, 24 de agosto de 2014

A VIDA EM TONS DE CINZA


A vida em tons de cinza é uma belíssima história emoldurada pela tragédia da segunda guerra mundial. A obra, de Ruta Sepetys, é envolvente e coloca o leitor em contato com os dilemas e a agonia de povos aprisionados por Stalin em campos de concentração. Uma jovem de dezesseis anos tenta, através de seus desenhos, enviar ao pai, preso em um distante campo de concentração, notícias de seu percurso, de sua família e do drama que tem vivido junto com Elena, sua mãe e Jonas, seu irmão de apenas dez anos, obrigado a se tornar homem de modo precoce. É marcante,no entanto, a mensagem de força, de obstinação e de esperança incansáveis. Conseguirão reencontrar senhor Volkas? Receberia este os desenhos da sua filha?doses de amor, ódio, dor e sangue intensificam o drama narrado comunicando ao leitor as atrocidades que a humanidade é capaz de provocar em nome do poder. Embarcar nessa viagem, literalmente, é entrar em contato com um dos mais marcantes e dolorosos quadros da história mundial pintados em aquarelas de cinza e gelo. Recomendo!

Meus abraços,
Wagner Dias

terça-feira, 12 de agosto de 2014

A BIBLIOTECÁRIA DE AUSCHWITZ


Em uma semana consegui terminar de ler esta obra de Antonio G. Iturbe, considerada um best seller! A narrativa se assemelha às passagens de A menina que roubava livros, porém, é um romance baseado em fatos reais. A vida de Dita, uma jovem judia e personagem real,  é retratada durante os anos da Segunda Guerra Mundial, em Auschwitz, onde a mesma atua como a protetora de oito livros utilizados em um barracão que funciona como escola clandestina. Antonio G. Iturbe, jornalista, parte de um excelente trabalho de pesquisa e estudos de campo, elementos que dão ao texto uma dimensão cinematográfica. O enredo se estrutura de idas e vindas entre passado e presente, com pinceladas de textos da literatura universal que alimentam a pequena bibliotecária Dita durante sua permanência em Auschwitz. A literatura, neste livro, é metalinguística e salvadora! É sangue que proporciona viver em meio à Guerra e é alimento à imaginação de centenas de crianças prisioneiras dos nazistas. A mistura de ficção e realidade prende o leitor que se comove e vive as alegrias, os medos e os dissabores das personagens. Os livros, proibidos nos campos de concentração, mostram através do texto de Iturbe, seu poder revolucionário. Fatalmente, uma belíssima leitura! 

Meus abraços,
Wagner.

MEU PÉ DE LARANJA LIMA

Este é um dos livros que ficaram guardados e vivos na minha memória! Fiz a leitura desta obra ainda criança e, naquele tempo, consegui viver a tristeza do personagem Zezé que, tão pequeno, enfrentara as agruras da vida.Reli o livro no último final de semana! Para minha surpresa, a obra estava ainda viva. Repleta de emoções e de passagens comoventes, revivi a leitura da infância com uma dose a mais de entendimento de mundo. Não minto: não contive as lágrimas. Não é possível olhar para a vida das crianças que sofrem sem se comover. A narrativa, na minha concepção, é um poema, magistralmente construído por José mauro de Vasconcelos. Bem escrita, tocante, cheia de imagens sensíveis, a obra retrata a pureza da infância, que, já naqueles tempos, apresentava-se tão maltratada! É um excelente livro para se contar aos pequenos, para se presentear os jovens e também as crianças com mais de trinta anos! Lindo! Recomendo! Meu pé de laranja lima é um marco da literatura brasileira, sem sombra de dúvidas!
Meus abraços,
Wagner.

A CULPA É DAS ESTRELAS

O ano de 2014 tem sido especial! Como tenho trabalhado com formação de professores e com jovens a serem inseridos no universo da leitura e da escrita, tenho revisitado algumas leituras e realizado algumas novas, que andam fazendo a cabeça da juventude. Terminei de ler há cerca de três semanas o livro A culpa é das estrelas. Não assisti ao filme que agitou os cinemas do Brasil com medo de me decepcionar, como ocorreu quando assisti A menina que roubava livros. Neste, a narrativa foi sintetizada ao extremo, omitindo informações importantes e quebrou muito a magia da leitura. Assim, por enquanto, ainda estou vivendo a emoção de A culpa é das estrelas, de John Green, em seu formato impresso. Trata-se de uma tocante história de pacientes de câncer que descobrem o amor. Em linhas gerais é isso. Talvez a forma de contar a história é que seja um elemento diferente. Não se trata apenas de apresentar o câncer como um fim estipulado, mas de mostrar que há possibilidade de vida e de superação diárias, mesmo estando doente. A história, fatalmente, mexerá com as emoções dos leitores, permitindo aos mesmos participarem como cúmplices na história de amor de Augustus e Hazel Grace! No entanto, o livro tem cara de filme americano! Talvez por isso tenha sido roteirizado e levado às telas. De qualquer modo, vale a leitura. O livro é atraente e dialoga com questões juvenis como amor, adolescência, círculos de amizades, sendo estes alguns dos atrativos da narrativa! 

A todos, meus abraços,
Wagner.